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Ar Fresco

quinta-feira, julho 28, 2005

O desvirtuamento das eleições (II)

O post anterior serviu essencialmente para falar das próximas eleições. Quer as autárquicas, quer as presidenciais serão um teste ao partido do Governo e também aos cidadãos. Haverá capacidade para separar as medidas do Governo, com as quais muito discordo, da avalição do autarca das nossas zonas de residência. Ou seja, vamos votar no trabalho feito, ou não, pelos autarcas, ou vamos votar somente contra o PS.

No meu caso, a autarquia é socialista e considero ter feito um bom trabalho. Devo castigá-los porque são do PS? A resposta é não! E isso não me impede de criticar muitas das medidas do Governo e de querer, caso não haja mudanças, que percam as próximas legislativas.

Contudo, as próximas presidenciais serão as eleições realmente decisivas para o PS e para este Governo. Porque, tendo em conta os possíveis candidatos, não será uma escolha entre Cavaco ou Soares, mas entre o Cavaco que poderá dissolver este Governo e o Soares que o manterá até ao fim. Não estará em questão o Cavaco economista, mais novo, que tem competências técnicas para avaliar as medidas do Governo e o Soares mais velho, mais interventivo em termos de política internacional, mais diplomata.

Estes são os perigos das próximas eleições, que deveremos em consciência e a todo o custo evitar. Não pelo bem do Governo, nem pelo bem do País, mas pelo bem da nossa jovem democracia, embora reconhecendo que este problema não é, infelizmente, exclusivo de Portugal.

1 Comments:

  • se o Governo continuar assim, acho que o Cavaco, em caso de vitória, terá, não só legitimidade, mas tb moralidade total para dissolver o Parlamento!

    By Anonymous Anónimo, at 2:37 da tarde  

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